Há uma crescente aceitação social do uso de cannabis, refletida em seu status como uma das substâncias mais consumidas no país, embora ainda atrás do álcool e do tabaco. Isso está ligado a uma percepção reduzida de riscos associados ao seu consumo. Portanto, há um interesse crescente em compreender os efeitos e riscos associados ao uso de cannabis, a fim de desmitificar conceitos errôneos sobre a substância.
O cannabis contém uma variedade de compostos químicos, conhecidos como fitocanabinoides, sendo os mais conhecidos o THC e o CBD. O THC é responsável pelos efeitos psicoativos do cannabis, afetando o sistema nervoso central por meio de receptores endocanabinoides. Este sistema desempenha um papel em várias funções fisiológicas, incluindo regulação do sono, apetite e memória.
O consumo de cannabis pode ter efeitos agudos e a longo prazo na saúde mental. Os efeitos agudos incluem distorção sensorial, ansiedade, dificuldades de concentração e coordenação motora. A longo prazo, pode haver impactos nas funções cognitivas, humor e até mesmo o desenvolvimento de transtornos psicóticos em indivíduos geneticamente vulneráveis.
Além dos impactos na saúde mental, o consumo de cannabis também está associado a problemas respiratórios e cardiovasculares. Além disso, o uso prolongado pode levar à dependência e comportamentos aditivos, embora haja desacordo sobre a extensão dessa associação.
Existem tratamentos disponíveis para transtornos relacionados ao uso de cannabis, incluindo abordagens psicoterapêuticas e farmacológicas. No entanto, é importante que os indivíduos estejam cientes dos possíveis riscos à saúde associados ao uso de cannabis e busquem orientação médica se apresentarem sintomas preocupantes.